quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Mesmo assim, a emancipação valeu a pena

(Para descontrair e rir um pouco...)


Numa reunião internacional de mulheres pela emancipação ouviu-se:

Bom dia, o meu nome é Karen, sou alemã e disse ao meu marido:
Franz, faz o jantar, quero um bife!
No primeiro dia, não vi nada, no segundo não vi nada, mas no terceiro, o Franz preparou-me um delicioso roast-beef.

Aplausos e grande ovação na sala!
BRAAAAAVOOOO!!!

Bom dia, chamo-me Carla e sou italiana. Um dia disse ao meu marido:
Luigi, a partir de amanhã, limpas a casa. No primeiro dia não vi nada, no segundo dia não vi nada, mas no fim do terceiro dia, Luigi tinha aspirado toda a casa.

Aplausos e ovação da sala.
BRAAAAAVOOOO!!!

Bom dia, chamo-me Michelle e sou francesa. Um dia disse ao meu marido:
François, a partir de hoje lavas a roupa da casa. No primeiro dia não vi nada, no segundo dia não vi nada, mas no fim do terceiro dia, François tinha feito 4 máquinas de lavar.

Aplausos e ovação da sala.
BRAAAAAVOOOO!!!

Bom dia, sou a Alzira e sou portuguesa. No mês passado, disse ao meu esposo:
Oh Manel, a partir de amanhã, lavas a louça todos os dias!
No primeiro dia não vi nada, no segundo dia não vi nada, mas no terceiro já comecei a ver alguma coisa do olho esquerdo...!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Obrigada por se lembrar de nós, mães

D. Manuel Monteiro de Castro lançou a polémica. O novo cardeal português entende que o papel das mulheres é educar os filhos e, por isso, elas deviam remeter-se ao lar.
Este é apenas um pequeno resumo do que disse o cardeal. Entre outras coisas afirmou que: "a mulher deve poder ficar em casa ou, se trabalhar fora, num horário reduzido, de maneira a que possa aplicar-se naquilo em que a sua função é essencial, que é a educação dos filhos". Que "a melhor formadora é a mãe, e se a mãe não tem tempo para respirar, como vai ter tempo para formar?". Que "a mulher perdeu muito do valor que tinha" e que "devíamos dar muito mais valor à família e ao valor da mulher da casa".
Ora, entre tantas afirmações com conteúdo tão relevante para mim que sou mãe e mulher, dei por mim a pensar como seria possível eu ficar em casa, voltar a engravidar e deixar que o meu querido marido suportasse todas as despesas que tão controladamente contraímos.

A par disso, imaginei logo um cenário pouco fértil em termos de relações afetuosas e disponibilidade por parte do pai. Dos poucos casos que conheço, a permanência da mãe em casa significa uma maior permanência do pai no trabalho e crianças criadas e educadas quase em exclusivo pelas mães.

A solução não passa, económica nem socialmente, por ficar em casa. Mas parte do que o cardeal proferiu faz sentido e os homens devem meditar sobre o assunto mais do que nós, mulheres. O tempo de que as mulheres precisam para exercer o seu papel de mães não é nem vai ser, pelo menos num futuro próximo, retirado no trabalho. É retirado em casa quando o marido não partilha as tarefas domésticas e vive uma vida a pensar que a sua mãe rejuvenesceu e adoptou uma nova identidade.  É retirado em casa quando ela, a mãe, substitui as horas de mãe por horas passadas na cozinha, no supermercado e em frente à tábua de passar a ferro. 


Infelizmente, em Portugal, os homens têm, em média, muito mais tempo para ser pais do que as mulheres para ser mães. Caro cardeal D. Manuel Monteiro de Castro obrigada por se lembrar de nós, mães. Não pretendemos remeter-nos ao lar mas ficaríamos eternamente gratas se nos concedessem mais tempo para acompanhar o crescimento dos nossos filhos pequenos, sem  qualquer supressão dos nossos direitos como profissionais.

Coisas que alegram uma vida no feminino


Descobri o maravilhoso vestido que a Cristina Ferreira usou outro dia.
É da Veste Couture e é... simplesmente maravilhoso!

Eu e os meus

As fotografias expostas humanizam uma casa, tornam-na quente e acolhedora.

Conhecer o rosto de quem fez de nós parte do que somos hoje é algo que todos devíamos ter curiosidade em descobrir.




Eu gostava de ter este entrelaçamento de ligações familiares numa parede da minha sala!

Ninguém está de acordo



O novo acordo ortográfico tem destas coisas. No JN de ontem lia-se "TV acorda e molda-se ao gosto dos espetadores".
A premissa de que o que não se lê não se escreve culmina em situações como a que vemos na imagem anterior. Neste caso, o "c" lê-se e, portanto, devia estar escrito. É preciso muita atenção porque espectadores nada tem a ver com espetadores!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

O mito do vínculo automático

Domingo... dia de leitura. Adoro os domingos. Não quero saber se amanhã é segunda. Hoje é domingo e eu sei aproveitar bem os meus domingos sem pensamentos futuristas. Passo-os em família porque é em família que devem ser passados, para serem bem passados!
As crianças rodeiam-me. Filha, sobrinhos, marido, pais, irmãos, amores da minha vida...
O primo abraça a prima, que conta tantos anos quanto os dele, com tanta força que quase a sufoca de amor. A prima bebé come as primeiras papas enquanto é beijada e acariciada na testa pela prima. O primo pega ao colo a prima bebé e embala-a nos seus braços franzinos mas cheios de força, sem intenção de parar. Gestos de carinho e sem pretensão de qualquer retribuição. Domingos ternurentos estes passados em família!

Ter um bebé é algo inexplicável para qualquer pai que o tenha tido com sabedoria e vontade. O dia do nascimento é o primeiro de um amor que se tornará intemporal e asustadoramente gigante. O vínculo não é automático. Não foi para mim e nunca tive vergonha de o assumir. Pensei várias vezes se era assim amar um filho, assim como eu amava. Achava pouco, no sentido de ser menos do que o esperado.
Percebi que tal como com os outros amores da nossa vida, este é também um amor gradual, que vai crescendo e construindo aos poucos. Qual é o mal? O mito de que se ama incondicionalmente desde o período de gestação não passa disso mesmo.
É fácil perceber quais os factores anteriores e posteriores ao parto que influenciam a ligação mãe-filho: uma gravidez desejada, a comunicação com o bebé ainda na barriga, o tipo de parto e a intensidade da dor envolvida, a relação conjugal , as alterações hormonais...
Bárbara Figueiredo, investigadora da Universidade do Minho e especialista em estudos ligados às determinantes que influenciam o envolvimento emocional dos pais com os seus bebés determinou que os vínculos nunca são automáticos. Fiquei aliviada quando li. Não estava a ser insensível, picuinhas e diferente. A especialista concluiu através de várias investigações que determinados momentos, estímulos e experiências favorecem essa ligação. O momento do parto é um deles... mas para o pai! Segundo a especialista: "Muitas mães dizem que, quando viram pela primeira vez o bebé, foi um momento importante mas, ao perguntarmos quando é que de facto sentiram que tinham uma relação especial com ele, a maior parte não diz que foi nessa altura. Foi no entretanto".
Foi, de facto, no entretanto, na descoberta mútua, que o amor pela minha filha se tornou no que é hoje.

Recriar uma nova identidade, fazendo o luto da vida passada nem sempre é fácil. Redefinir valores e prioridades, manter constante a disponibilidade para cuidar de um ser que mal se conhece, vencer o sono e o cansaço são barreiras a ultrapassar que podem e devem ser minimizadas por quem nos rodeia.
Apenas posso afirmar que salvo raras exceções, cada dia, cada mês que passa é melhor que o anterior.  À medida que vamos conhecendo o nosso bebé vamo-nos envolvendo emocionalmente com ele e passamos a amá-lo de uma forma que até parece mito!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Perguntar ofende?

O site de empregos CareerBuilder.com pediu a vários gestores para contarem quais as situações mais insólitas que já presenciaram durante uma entrevista.
Alguns dos episódios são hilariantes mas o ponto 5 não me causou qualquer espanto. Tendo em conta o atual mercado laboral colocar em causa se o dinheiro oferecido compensa levantar da cama todas as manhãs é o mesmo que perguntar se o salário apresentado é para trabalhar em part-time ou full-time. Tem vezes em que apetece mesmo perguntar...
Estes foram os episódios:

1 - Um candidato perguntou a meio da entrevista: “Que empresa é esta mesmo?”
2 – Uma candidata destacou a pontualidade como um dos seus pontos fortes depois de ter chegado dez minutos atrasada.
3 – Um candidato apareceu com um uniforme dos Escuteiros mas nunca revelou porquê.
4 – Uma candidata colocou o entrevistador em espera durante uma entrevista telefónica. Quando voltou disse que tinha conseguido marcar um encontro amoroso para sexta-feira.
5 – Um candidato disse ao entrevistador que não tinha a certeza se o dinheiro oferecido compensava levantar-se da cama todas as manhãs.
6 – Um candidato trouxe o livro “Como ser bem sucedido em entrevistas de emprego” para a entrevista.
7 – Um candidato pediu para dar um golo do café do entrevistador.
8 – Um candidato referiu-se a si próprio na terceira pessoa.
9 – A caminho da entrevista, um candidato ultrapassou e mostrou o dedo do meio a um condutor que, por acaso, era o entrevistador.
10 – Um candidato tirou os sapatos durante a entrevista.
11 – Quando um candidato foi entrevistado para o cargo de segurança e não foi imediatamente contratado decidiu fazer um graffiti no edifício.
12 – Um candidato foi preso pela polícia durante a entrevista quando uma análise do seu passado revelou que tinha um mandato de captura.

Kiss - Keep it simple, stupid

Não foram uma nem duas nem três as ideias de marketing que nos últimos meses conseguiram criar buzz nos meios de comunicação social.
Numa altura em que o mercado está saturado de produtos e serviços homogéneos, é preciso usar a criatividade e "dar asas à imaginação". O poder de compra está em baixo e os consumidores estão cada vez mais imunes a campanhas publicitárias.
Mas é preciso investir muito dinheiro e ter ideias megalómanas para as iniciativas de maketing se tornarem num "case study"?

Parece que não. Vamos lá a descartar tudo o que é desnecessário e a procurar as soluções da forma mais simples possível. Tal como fez a Renova e o site Forretas.com. Passo a explicar:
Gostava de ver um depósito na sua conta bancária vindo de uma marca qualquer?
E se você fosse o marketeer, como chegaria a milhares de pessoas com apenas 1000 euros?
Para a agência Torke e para o site agregador de compras coletivas Forretas.com a resposta foi... simples! Numa campanha inédita e que saiu bem barata, o Forretas.com chegou a 100 mil portugueses depositando nas suas contas bancárias... um cêntimo!
O processo, tal como a ideia, foi também bastante simples: a equipa Forretas criou um algoritmo para criar, aleatoriamente, números válidos de contas bancárias. Depois utilizou esses números aleatórios e anónimos para efetuar as 100.000 transferências. 
Porque da alcunha já não se livram, o Forretas.com pagou um media e ganhou três. Com o descritivo www forretas com os 100 mil contemplados puderam ver a transferência no extrato bancário online ou do multibanco e ainda nos telemóveis com a receção de uma sms automática.
Quando a acção começou a ser divulgada o tráfego no site aumentou 30% e o número de utilizadores cresceu cerca de 15%, segundo Gonçalo Poças, um dos três sócios fundadores do Forretas.

Para a Renova também foi fácil. Outro dia saí na estação do metro da Trindade e vi que lá era possível comprar papel higiénico e papel de cozinha coloridos. 
Achei piada. Tal como o papel, a comunicação da Renova é colorida. O espaço é inusitado e a ideia mais do que original é simples!
Através do QR Code (Quick Response Code), o código de barras bidimensional que pode ser lido por telemóveis com câmara fotográfica e que depois é descodificado graças a uma aplicação, a compra pode ser feita no momento e no local e o produto é entregue gratuitamente em casa 48 horas depois.
Eu comprei.
E mesmo que não comprasse, uma coisa seria certa. O painel gigante e colorido com a mensagem: "Compre Renova com o telefone. Aqui e Agora. Fácil e rápido. Entrega em sua casa, grátis", colocado estrategicamente numa estação do metro interage com o consumidor, fá-lo falar sobre a possibilidade de adornarmos a casa de banho com papel higiénico que combina com a cor das toalhas.

Sem grandes produções ambas as marcas chegaram a milhares de pessoas e suscitaram curiosidade sobre o seu produto ou serviço. Faz-me lembrar uma história de marketing que jamais esquecerei:
A Natália queria abrir um restaurante na rua do Amial. Mas na rua do Amial já existiam três restaurantes. A Natália foi conhecer a concorrência e viu afixado na montra do primeiro restaurante um slogan que dizia: "O melhor restaurante da cidade". Passou no segundo e leu: "O melhor restaurante do país". No terceiro leu: "O melhor restaurante do mundo". Natália desanimou. Pensou todo o dia no que poderia fazer para ser diferente e teve, então, uma ideia: "Restaurante da Natália - o melhor restaurante da rua do Amial".

"A perfeição é alcançada não quando não há mais nada para adicionar, mas quando não há mais nada que se possa retirar".  Antoine de Saint-Exupéry

Reinventar o "Porto"

A época é de austeridade e todos falam em crise. Poucos, no entanto, pensam e apresentam soluções para ultrapassar e vencer essa crise. Felizmente existe quem o faça. São poucos, mas bons!
Daniel Deusdado é um deles. O jornalista, que semanalmente escreve um artigo de opinião, no Jornal de Notícias brinda-nos todas as semanas com soluções palpáveis para problemas reais. E esta semana não foi excepção. "Porquê Manchester" é o título do seu texto que fala sobre como o futebol pode ser um dos mais importantes produtos culturais que a Europa pode "vender". Passeando por Manchester, Deusdado questionou porque se investe tanto na cidade. Percebeu que o futebol, essa "galinha dos ovos de ouro já há muito é aproveitada pelos ingleses, estando Manchester a criar uma marca - a cidade do futebol - a partir dos títulos do United e do City". E lançou o desafio de reinventar o "Porto", enquanto marca do Norte:
http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=2320740&opiniao=Daniel%20Deusdado
As ideias são claras e não são megalómanas. Resta saber se irão aproveitá-las.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Um blog escrito com paixão


Olá a todos, sejam bem-vindos ao meu blogue.

Engraçado... há muito que queria ter um blogue mas sempre achei que não tinha o tempo suficiente para o manter. Há coisa mais importante do que actualizar um blogue quando se tem um? Pois... não há mesmo. Ok, ok. Escrevê-lo com paixão é essencial. Mas paixão sem disponibilidade de tempo não funciona nem numa relação, quanto mais num blogue!
Voilá... queria apenas criar uma introdução para o blogue e já estou a falar em paixão. E porquê? Porque, de facto, é a paixão que move o mundo. Quando estamos apaixonados não temos fome, frio nem sono. Comemos meio bife e não podemos perder mais tempo à mesa porque temos apenas 2h para nos arranjarmos; saímos até às tantas da manhã apenas com um top colado no corpo; deitamo-nos às 5h30 para acordar às 8h mas o dia já valeu a pena porque nos enroscamos no sofá de casa dele a falar de tudo e de nada até que o dia quase amanhece e nos obriga a voltar para casa. A paixão é assim... um verdadeiro analgésico do corpo e da alma.
Eu sou uma mulher apaixonada, sempre fui. Gosto de não sentir frio, fome nem sono. De sentir borboletas no estômago e de achar que 2h não chegam sequer para me pentear quanto mais para me vestir!

Já me senti sozinha mesmo namorando mas nunca me senti desapaixonada. Talvez porque vou procurando constantemente essa paixão nas pessoas que vou conhecendo, na família, nos hobbies, na vida. E na relação a dois aprendi com o tempo e com os homens que amei a arranjar forma de recriar a paixão noutras facetas: na amizade, no companheirismo, na ternura, no diálogo...
Desconhecia que o podia fazer e descobri quando o fiz que, apesar de a paixão esmorecer gradualmente ao longo do tempo, é possível recriá-la no dia a dia, mantendo o período de encantamento pelo outro como algo que não tem um fim à vista. Não é fácil e dá trabalho mas vale a pena um dia sentirmos que o que era nunca deixou de o ser...
A efemeridade da paixão é uma questão intrigante e polémica mas sobre isso só consigo pensar que se é a paixão que move o mundo e eu quero que o meu se mova a mil à hora preciso dar uma ajudinha, não?


"As paixões são como ventanias que enfurnam as velas do navio; fazendo-os navegar, outras vezes podem fazê-los naufragar, mas se não fossem elas, não haveriam viagens nem aventuras nem novas descobertas". Voltaire