sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Respira

Respira.
Serás mãe para toda a vida.
Ensina as coisas importantes. As de verdade.
A saltar poças de água, a observar os bichinhos, a dar beijos de borboleta e abraços bem fortes.
Não te esqueças desses abraços e não os negues nunca. Pode ser que daqui a alguns anos, os abraços de que vais sentir falta, sejam aqueles que não deste.
Diz ao teu filho o quanto o amas, sempre que pensares nisso.
Deixa ele imaginar. Imagina com ele.
As paredes podem ser pintadas de novo, as coisas partem e são substituídas.
Os gritos de mãe doem para sempre.
Podes lavar os pratos mais tarde. Enquanto limpas, ele cresce.
Ele não precisa de tantos brinquedos. Trabalha menos e fica mais. Ama mais.
E, acima de tudo, respira. Serás mãe para toda a vida. Ele será criança só uma vez.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Um "baby-grow" que põe os bebés a limpar o chão


Era mesmo o que faltava no mercado. Quem disse que tudo estava inventado engana-se. Mas também, acreditem que todos os pais e mães que viram os seus filhos gatinhar disseram: "Um dia ponho-te um swiffer debaixo do corpo".
Pois é, já existe um.
Um empresa norte-americana acaba de lançar no mercado um "baby-grow" que permite aos bebés limpar e puxar o brilho ao chão, enquanto gatinham pela casa.
Os "baby-grows" estão dotados, nas mangas e nas pernas com o mesmo tipo de material utilizado nas esfregonas.
Os fatos custam cerca de 31,50 euros e são fabricados para bebés entre os 3 e os 12 meses. O que é pena porque, no meu caso, iria precisar de um entre os 12 e os 18 meses!
Meninos não escapam!!! Como isto das tarefas domésticas, hoje em dia, é para todos, os fatos existem nas cores azul, cor-de-rosa e branco.
Falta agora alguém inventar um fato destes para adultos. Ideias para quando chegamos de rastos a casa depois de uma noite bem passada com as amigas num bar.






quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Exemplos e sugestões para lidar com birras infantis


A propósito do texto de ontem, seguem alguns exemplos e sugestões para lidar com birras infantis:
  • Se insiste em vestir uma roupa inadequada: separe duas ou três roupas possíveis e deixe que a criança escolha dentro dessas hipóteses aceitáveis;
  • Se recusa tomar banho: faça do banho um momento divertido e tente perceber se há algo que a assuste, como a água ou o champô nos olhos ou na cara;
  • Se não deixa os pais conversarem com outras pessoas: pare um pouco a conversa e dê-lhe atenção ou deixe-a participar também;
  • Se não quer ir para a cama: leia-lhe uma história ou negoceie com ela uma hora para ir para a cama (não compensa entrar em conflito por dez minutos);
  • Se quer dormir na cama dos pais: nunca o deve permitir, fique um pouco com ela no quarto, leia-lhe uma história ou converse por alguns minutos;
  • Se não aceita um não: explique-lhe o porquê do não, mantenha-se tranquila e ignore a birra, repetindo de vez em quando que já lhe explicou o porquê do “não”; o seu controlo ajudá-la-á a recuperar o dela;
  • Se diz palavrões: como a criança repete o que ouve, é importante ter cuidado na linguagem usada na sua presença; não se limite a repreender, explique porque é feio dizê-lo e que as palavras podem magoar tanto como uma palmada.
In "Pais e Filhos".

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Quando a graça se transforma em desgraça


"Tudo o que é pequenino tem graça". A expressão é usada regularmente quando alguém se refere às crianças pequenas, mesmo quando em causa estão birras, desobediências ou asneiras.
Mas basta o pequeno deixar de ser "pequenino" e a graça rapidamente se transforma em desgraça.
Quando as crianças começam a ter vontade própria, quando começam a explorar o mundo que as rodeia e a querer vingar nesse seu pequeno mundo, as birras começam a surgir porque, até então, os tais pequeninos que eram tão engraçados viviam sem regras.
E quando a graça desaparece sem pedir licença, levada pela idade, os mais pequenos não entendem porque é que os grandes dediciram, de repente e sem explicação, deixar de sorrir.
No livro que serve de Bíblia, lá em casa, o pediatra Berry Brazelton afirma que “para as crianças crescerem bem, precisam apenas de amor e limites”. O amor, diz ele, serve para crescer com confiança e auto-estima. Os limites servem para a criança aprender a se autocontrolar. E estes últimos são tão importantes para que todos possamos viver em sociedade, desde pequeninos!
Uma criança com regras será um adulto equilibrado, consciente. E um adulto nunca deve ceder quando implementa um castigo pelo não cumprimento da regra. A ideia de que "tanto faz ter cumprido ou não a regra" nunca pode passar na cabeça de uma criança.



Mas a implementação de regras não é um bicho de sete cabeças. Pode até ser divertida. A flexibilidade, por vezes, aumenta o respeito que a criança tem pelo adulto e pela própria regra em si. Dentro do cumprimento de um regra, pode haver liberdade de escolha, por exemplo. Arrumar os brinquedos, lavar os dentes e vestir o pijama são três ações que não carecem de prioridade. Como tal, é possível dar à criança a possibilidade de escolher a sequência com que irão ser desempenhadas.

Há estudos que comprovam que as crianças correspondem muito bem a regras, desde que sejam simples e poucas. Ou seja, não se deve implementar várias regras de uma só vez. Deve-se conversar calmamente com a criança durante a implementação da regra. Quando a mesma não foi cumprida, deve-se perguntar porque não fez o que foi pedido. No caso de ter tido dificuldade, deve-se ajudar a terminar a tarefa, realçando que, para a próxima, ela conseguirá executá-la sozinha.

E, acima de tudo, um adulto nunca se pode esquecer de realçar o bom comportamento. De elogiar, de mimar, de dar atenção quando tudo é feito corretamente. O foco não deve estar no mau comportamento mas no bom. E mimar uma criança não é apenas bom para quem recebe o mimo mas também para quem o dá. Mimos com disciplina, educação e amor são ótimos para filhos e para pais.