sexta-feira, 30 de março de 2012

O espaço é o coração


Uma das minhas vizinhas adotou uma menina. É ainda bebé e, pelo que dizem, é linda. A mãe, disseram-me, "anda radiante". Imagino! Eu tenho a minha menina e ando há tempos a pensar no que deve sentir a minha vizinha. Não é que me interesse muito pela vida das minhas vizinhas, mas confesso que sempre que a vir lá no prédio irei segurar a porta do elevador à sua espera. Porque sou mais feliz por viver num prédio onde alguém adota uma criança.

Fazer alguém feliz. Eu sinto diariamente essa sensação e sou também eu mais feliz porque esse alguém a quem eu faço feliz me faz a mim mais feliz também.

Cuidar de um ser que um dia nos chama “mãe” vale todas as noites em claro. Todas as preocupações e alegrias, todos os dias de chuva e de sol, todas as lágrimas e sorrisos, todas as tristezas e sonhos, toda a dedicação.

Consigo saber, bem do fundo do meu coração, que se tal como a minha vizinha, eu adotasse uma criança sentiria por ela o mesmo que sinto pela minha Xuxu. Para mim adotar é doar tempo e espaço. Para mim adotar é ser pai, é ser mãe. E para um pai e uma mãe o tempo é infinito e o espaço é o coração.


quinta-feira, 29 de março de 2012

Somos como os hamsters?


Não gosto de dormir completamente às escuras. Não gosto de acordar a meio da noite sem saber onde está a cómoda e a janela. Não gosto de acender luzes para ir ao wc quando a única coisa que me apetece mesmo naquela altura é ignorar a minha bexiga e virar para o outro lado, sempre com os olhos fechados. Odeio acordar de manhã e não saber, nem mais ou menos, que horas serão pela luz que entra na janela porque, simplesmente, não entra qualquer raio de luz pela janela!

Mas todas as noites durmo em total escuridão. E acordo em total escuridão. Mas hoje fiquei a saber que o sacrifício vale a pena porque o organismo precisa de escuridão. E quando falo em escuridão, falo mesmo em escuridão total.


Uma equipa de neurocientistas da Ohio State University fez um estudo sobre os efeitos da luz artificial durante o sono, em hamsters. Os  investigadores concluiram que passadas oito semanas a dormir com luz ténue ocorrem modificações no cérebro, mais concretamente no hipocampo - as mesmas que ocorrem em estados depressivos e depressão. Uma luz de presença durante toda a noite pode até ser suficiente para dar origem a simples alterações de humor, de acordo com o mesmo estudo.

Passo a explicar melhor: dormir com a luz acesa interfere com os níveis de melatonina no organismo e a melatonina tem a função de regular os ciclos de sono.


Os resultados são significativos, porque apesar de a experiência só ter envolvido hamsters, os efeitos da luz e da escuridão são similares em todos os mamíferos e não variam em função do tamanho. Por isso, é muito provável que o organismo humano reaja da mesma forma à presença de luz durante o sono.

Será essa a razão da minha Xuxu acordar diariamente com mau humor? A luz de presença? E ela nem precisa de luz porque não tem medo do escuro. Eu é que preciso de caminhar com segurança até à cama dela para a cobrir nas cerca de 20 vezes que o faço numa só noite. Mas a todas as mães cujos filhos não conseguem adormecer no escuro, apaguem a luz de presença depois de eles terem caído no sono. Pelo sim, pelo não...

quarta-feira, 28 de março de 2012

Love it!


O Porto amanheceu assim, com uma faixa de homenagem à cidade, que foi eleita como o melhor destino Europeu em 2012. O mundo descobriu a minha cidade e o inevitável aconteceu.


A Invicta é reconhecida pela beleza das suas ruas e qualidade da sua gente:
http://www.europeanconsumerschoice.org/travel/european-best-destination-2012/


E aproveito para mostrar aqui algumas fotografias das ruas do Porto que são, simplesmente, de tirar o fólego. A autoria é de José Paulo Andrade (http://www.pbase.com/jandrade/ruas_do_porto):






terça-feira, 27 de março de 2012

sexta-feira, 23 de março de 2012

Tempo e paciência. Apenas!


A Organização Mundial de Saúde recomenda que se privilegie o aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 meses de vida.

Mas a decisão de amamentar, se não é difícil de tomar, pode ser difícil de concretizar. Para mim foi. Esbarrei com dificuldades reais quando amamentei e posso hoje dizer que o apoio dos profissionais de saúde e dos que nos são mais próximos são essenciais para que consigamos ultrapassá-las.

O aleitamento materno é uma capacidade que se aprende. Eu aprendi com o que lia, com as voluntárias do SOS Amamentação, com a enfermeira Isabel, com quem me rodeava. Um pai não nasce pai, torna-se pai. Uma mãe não nasce mãe, torna-se mãe. O comprometimento e a dedicação ao recém-nascido torna mais fácil a criação de laços e amamentar fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho.

O pai não está, no entanto, excluído deste processo. Apesar de, na maioria das vezes, sentir estar. O pai deve tomar atenção a vários fatores que podem contribuir ou afetar negativamente a amamentação. O pai deve dar apoio à mãe, tanto afetivamente quanto nos cuidados com o bebé e com a casa. O seu papel é crucial e o seu apoio faz a diferença entre o sucesso da amamentação ou o seu fracasso. Este apoio é ainda mais importante quando se trata do primeiro filho. Tenho a certeza que se agora tivesse outro bebé, não sentiria metade das dúvidas e dificuldades.

Falo sobre a amamentação porque hoje o meu dia ficou ainda mais cinzento. Ontem tive uma discussão que quase acabava mal com uma louca no metro. Fiquei triste mas não tanto como hoje ao saber que há mulheres que pensam que os bebés portadores de Síndrome de Down não podem ser amamentados. Como é isto possível?


Quero aqui dizer que os bebés que sofrem de Trissomia 21 são aquilo a que se chama “mais moles” porque não têm tanta força muscular na boca e, por isso, apresentam grandes dificuldades iniciais com o aleitamento materno. Mas é só preciso mais tempo e paciência até se conseguir eficácia a mamar. A mãe deve segurar simultaneamente a mama e o queixo do bebé, por baixo, com a mão em concha (ou U), ajudando a apoiar o maxilar inferior e permitindo que o bebé mame melhor. A minha filha é muito saudável e eu passei horas e horas, suei e fiz suar enfermeiras, até ela aprender a mamar. Valeu cada minuto, cada gota de suor.

Amamentar o bebê com Síndrome de Down é extremamente importante! Funciona até como uma verdadeira terapia! O esforço para sugar o seio materno, a posição da língua durante a sucção, a coordenação entre o respirar e deglutir o leite, serão cruciais para que o bebé cresça com menos tendência a permanecer com a língua protrusa e tenha mais facilidade em coordenar a fala e regularizar a respiração. E tudo o que é preciso é tempo e paciência.



terça-feira, 20 de março de 2012

Maridos das Outras



Toda a gente sabe que os homens são brutos
Que deixam camas por fazer
E coisas por dizer
Muito pouco astutos, muito pouco astutos
Toda a gente sabe que os homens são brutos



Começa assim a música de Miguel Araújo que alegrou o início da minha semana. Chama-se "Maridos das Outras", tem uma letra inteligente e um ritmo muito absorvente... e eu que não gosto muito de música!




 

segunda-feira, 19 de março de 2012

Tristes as sociedades em que os pais são visita


O número de divórcios tem aumentado em Portugal. Na hora de decidir com quem ficam os filhos, os tribunais privilegiam as mães. São estes os sub-títulos da notícia de hoje do JN que tem como título "Pais que recusam ser visitas e lutam pela guarda conjunta".
 
 
Quando um pai é transformado em visita, os filhos tendem a olhá-lo, com o passar do tempo, como um intruso na sua vida. E a mãe, que tolera esta injustiça, passa a ser, todos os dias em que o permite, menos mãe.
 
 
Neste dia do Pai, tenho pensado no meu. No quanto foi menos presente que a minha Mãe porque trabalhava das 8h às 20h. Mas no quanto o seu trabalho permitiu que a Mãe cuidasse com todo o seu ser de nós, filhos. A minha Mãe cumpriu na perfeição o seu papel e o do meu Pai, não apenas porque tinha tempo e maior disponibilidade mas porque tinha vocação e não nasceu para ser outra coisa que não fosse ser MÃE! Disso tenho eu certeza hoje.
 
 
A família de hoje em dia já não é assim. Deus nos livre, aliás, de uma sociedade em que o pai pouco faz nos cuidados diários dos filhos, em que um pai é menos pai porque tem que trabalhar dia e noite. Porque mais pai é, sem dúvida alguma, melhor família!
 
 
Numa entrevista que o psicólogo clínico Eduardo Sá deu e eu li, em tempos num jornal gratuito, disse que "a primeira função de um pai é ser mãe". Acrescentou, nessa mesma entrevista, algo que jamais esquecerei: "Um homem que não sabe ser mãe não é um homem: é um medricas. E isso jamais é aquilo que se deve esperar de um pai." Eu, como concordo com o que afirmou, fico a pensar como pode um Estado de Direito não perceber que o direito às visitas representa, por si mesmo, uma limitação por identidade de género.


Em entrevista ao JN, Ricardo Simões, presidente da Associação para Igualdade Parental e Direito da Família, acusa os tribunais de terem tendência a deixar os filhos confiados à mãe e considera que para a maior parte dos juízes, a guarda conjunta com residência alternada não serve o interesse das crianças. Ricardo Simões está com a filha de 15 em 15 dias e dois dias por semana, durante duas horas, tal como ditou o tribunal. Não se dá por vencido e aponta vários estudos que confirmam que a igualdade na presença dos progenitores contribui para o crescimento saudável.


Eu penso o mesmo. O direito dos pais à visita dos filhos não é apenas um direito seu. É um direito da criança. E as crianças merecem mais. Merecem um pai e uma mãe presentes, sem limitação dessas presenças. Os filhos serão mais filhos com melhores pais e os pais só podem ser melhores quando estão porque aprendem a ser melhores com os filhos. E é assim que uma sociedade se torna melhor. Tristes as sociedades em que os pais são visita...

quarta-feira, 14 de março de 2012

Eu tenho mais sorte!


O que pensamos quando lemos um título como este?: "Britânica está apaixonada pela Estátua da Liberdade"       

Tenho que ler a notícia, é o primeiro pensamento.

A vontade aumenta quando lemos a primeira frase do lead: "Doença rara, que só atinge mulheres, faz com que se apaixonem por objetos".

E a indignação atinge o seu pico quando lemos o lead todo: "Há até quem já tenha "casado" com a Torre Eiffel, por exemplo".

A partir daqui, fica difícil ou quase impossível não ler a notícia completa. Então, e porque é a ler que se aprende, eu hoje aprendi que existe uma doença rara no mundo chamada "objectum sexual" ou "objectofilia", em que a pessoa se apaixona por objetos em vez de pessoas.

Aprendi ainda que esta estranha doença afeta cerca de quarenta pessoas em todo o mundo e que todas elas são mulheres. Pensei, então, cá para mim: "Claro Susana, ainda pensavas que existiria algum homem com uma doença deste género? Eles gostam de ação!!!"
Avançando com mais pormenores, li que uma britânica, de 27 anos, diz estar perdidamente apaixonada pela Estátua da Liberdade e que é "amor de verdade". Amanda até tem em casa uma réplica de 1,80 m da sua amada.


A cada frase que lia ia pensando que esta mulher, à semelhança de uma americana que diz ter casado com a Torre Eiffel e de uma sueca que diz estar casada com o Muro de Berlim, só se apaixona por objetos ou estátuas porque sabe que eles nunca a irão trair ou abandonar. E eu que pensava que tinha um problema por não conseguir estar sozinha, sem namorar, percebi que, afinal de contas, não sou assim tão invulgar.

No final, e ainda bem que existe uma área no ramo da Saúde que consegue explicar situações destas, fiquei a saber que os psiquiatras consideram que as pessoas que sofrem desta doença têm uma grande necessidade de controlo e por isso nutrem sentimentos por objetos. Ah sim, claro! Está explicado.

Engraçado é que eu também me sinto várias vezes apaixonada por objetos que, geralmente, vejo em montras. E olhem que, geralmente também, é amor à primeira vista e é verdadeiro. Mas sinto-me com mais sorte do que a Emma, ou a americana ou a tal sueca, pois, felizmente, são sempre objetos móveis que posso transportar para casa comigo!



Quem não entra lá mais sou eu!

Tinha que falar disto no meu blogue. A esposa de um amigo de uma amiga (dito assim parece uma história inventada, mas não é) almoçou com a mãe dela e o filho numa famosa confeitaria do Porto, na Rua Formosa. O que lá se passou vem resumido no talão e legenda que apresento a seguir:




"Se tiverem a gentileza de ver com algum detalhe o talão que aqui trago, contarei... de seguida uma real e triste anedota sobre o mesmo...
Do alto da sua preocupação e gentileza para com a sua filha, a minha sogra pegou na minha desempregada mulher e, para a animar, levou-a num passeio pela Baixa portuense com o nosso miúdo. Chegada a hora, eis que a família entra numa das mais prestigiadas e conhecidas confeitarias da belíssima zona da Invicta.
Como é óbvio, não comendo o mesmo que um adulto, o nosso miúdo de quase 3 anos come do prato dos pais... a mãe, com inocência, pede ao empregado um prato e uma colher para colocar em tal objecto de cerâmica um pedaço para tirar a fome do petiz.
Chega a conta... olha-se, discute-se sempre o preço das coisas mas este talão traz uma novidade que se estranha: «1 Prato adicional: 1,50€»! Como a minha sogra e a minha mulher ainda não endoideceram, perguntam quem consumiu tal prato adicional... a resposta: «Minha senhora, pois... corresponde ao prato que pediu para colocar um bocado do seu bacalhau para o menino»!
 ...
pois bem, eis então que 1,50€ é o preço do aluguer da cerâmica, taxa de utilização e limpeza...
Incerto sobre a legalidade da "coisa", tenho a certeza, porém, que este estabelecimento do comércio tradicional acaba de perder mais 4 fregueses!"


Ora, neste blogue posso dar a minha opinião sincera sobre esta situação ridícula e absurda. No Facebook algumas pessoas mostraram-se a favor (contavam-se pelos dedos de uma mão felizmente) alegando que, de facto, o prato não se lava sozinho e que o menino estava a ocupar o lugar de um adulto que podia consumir bem mais que ele!

Fiquei a pensar que isso era o mesmo que dizer que quem leva a sopa do bebé para o restaurante e a pede para aquecer (algo que faço sempre) devia pagar a energia e a mão de obra do serviço. Ou que se devia cobrar uma taxa a quem usa o WC. Já agora também podiam cobrar mais por uma torrada aparada que tanto trabalho dá a quem a faz, ou por um café cheio que utiliza mais água que o normal. Havia tanto por onde roubar!

Pedir um prato para pôr um pouco da nossa comida para uma criança que não come uma refeição completa é um gesto bem natural e compreensível. Tal como pedir para aquecer sopa de um bebé que, afinal de contas, também usa um prato e energia.

Em Portugal não se sabe cativar clientes. Só se pensa no lucro fácil. Por isso estamos como estamos. Neste mesmo Portugal, num restaurante bem conhecido, negaram fazer uma sopa para bebé (sem sal) a uma amiga minha que se esqueceu de levar a dela de casa. Quando a mesma esteve de férias num país estrangeiro, nunca levou sopa para o bebé pois estava num hotel, e em todos os restaurantes onde foi fizeram-lhe sopa no momento.

Uns querem e sabem ganhar clientes, outros gostam de os roubar! É o que é...

terça-feira, 13 de março de 2012

Obrigada a todos

Dia 10 estava sol e calor.

Uma grande amiga disse-me: - "Mandei vir especialmente para ti". Gostei de saber.
Uma outra organizou a minha primeira festa surpresa com um delicioso bolo de bolacha. Gostei de saborear.
A minha Xuxu cantou-me os parabéns na cama. Gostei de ouvir.
O meu marido deu-me um beijo na testa ainda eu estava a dormir e um relógio. Gostei de receber.
A minha família esteve toda reunida, não faltava ninguém. Gostei de sentir.
Os meus amigos lembraram-se de mim. Gostei de existir.

Gostei de fazer anos...

...de saber, de saborear, de ouvir, de receber, de sentir, de existir.

Gosto de atenção. Obrigada a todos os que ma dão.

Nunca mais seremos enganadas depois disto...

"Era uma vez um lindo planeta com anéis à sua volta, habitado apenas por raparigas."

Quando uma história começa com um grupo de raparigas que vivem num planeta chamado Saturno começa bem. Quando percebemos que nesse planeta só vivem raparigas e que elas são todas amigas e nunca discutiram umas com as outras, estranhamos mas entendemos porque, afinal, só existem raparigas no planeta. Pensamos apenas, certamente, que esta história poderá ser um pouco aborrecida.

É então que Saturno é invadido por uma nave espacial gigantesca com muitos rapazes e a história se torna divertida! É, mais ou menos, isto que se passa com a vida das raparigas!
As amigas que nunca discutiam passam a rivalizar umas com as outras e a vida delas começa a pautar-se por objetivos, até então bastante incomuns, de beleza e boa forma física.

O livro ‘As raparigas são de Saturno, os rapazes são de Júpiter’, de Kathryn Lamb, esteve alguns dias ao meu alcance visual e hoje suscitou o meu interesse. Soube que uma amiga o emprestou a um amigo comum que tem uma filha com 13 anos e, como tal, achou que seria interessante para a miúda e uma ajuda para o pai, ela o ler com atenção.

Eu li parte e percebi que o livro vem confirmar, convincentemente, as suspeitas que sempre tivemos em relação à dificuldade de comunicação entre os dois sexos porque ambos provêm de planetas diferentes.

As jovens saturnianas vão ficar a conhecer a fundo as formas diversas que ambos têm de pensar e de sentir. Nunca mais seremos enganadas depois disto...

Como Júpiter se comporta quando está em casa

- "Não é a minha vez de lavar a loiça. Estou cansado. Lava-a tu mãe, eu sou rapaz!"
- Para a irmã mais nova: "Não, não vou ler para ti! Não vês que estou ocupado? Põe-te a andar!
- Para o cão: "Sai da frente da TV, animal estúpido! Não, não vou levar-te a passear! Esquece!

Quando Júpiter visita Saturno em casa

- Posso ajudar a lavar a loiça, Mrs. Saturno? Não é incómodo nenhum. Obrigado por esta maravilhosa refeição".
- "Essa é a tua irmã mais nova? Eu também tenho uma. Adora que eu lhe leia histórias".
- "Gosto do teu cão. Também tenho um. Adoro levá-lo a passear. E se fôssemos passear o teu agora?"

sexta-feira, 9 de março de 2012

Publicidade infantil... devia existir?

Quem tem filhos sabe do que falo. Em Portugal, a publicidade dirigida aos mais pequenos é regulamentada mas devia sequer existir?

O Comité Económico e Social Europeu (CESE), um órgão consultivo da União Europeia, está a preparar um parecer que sugere a proibição da publicidade protagonizada e dirigida a crianças nos suportes de televisão e imprensa generalista. «O objectivo intermédio é proibir a publicidade com violência em programas infantis e a erotização precoce das crianças na publicidade, bem como os anúncios de produtos que fazem mal à saúde», disse Jorge Pegado Liz, membro do CESE e relator do parecer.

É sabido que no público infantil, a capacidade de diferenciação entre realidade e ficção está em formação, pois a criança encontra-se em processo de desenvolvimento biofísico e psíquico. Há, sobre esta matéria, inúmeros estudos que evidenciam que, antes dos 8 anos, a criança não tem capacidade de reconhecer o caráter persuasivo da publicidade e que apenas aos 12 anos é capaz de construir uma postura mais crítica. E é assim que a Suécia, a Noruega e a Áustria justificam a proibição de publicidade a menores de 12 anos. Na Grécia, pelo contrário, não existe qualquer regulamentação. Em Portugal, o problema não reside tanto na inexistência de regulamentação, mas na incapacidade de fazer cumprir a lei, de acordo com os especialistas.

Os marketeers vêem as crianças como consumidores porque, apesar de não terem efetivamente, poder de compra levam os pais a comprar. Vários especialistas em Nutrição tentam, há anos, apelar à Comissão Europeia para a adoção de legislação que restrinja ou proíba a publicidade a alimentos durante os programas televisivos dedicados às crianças e jovens. A endocrinologista portuguesa Isabel do Carmo alega que há casos em que é difícil definir os produtos e por isso é tão difícil a adoção de legislação. Para a especialista, no caso dos produtos lácteos, a publicidade a iogurtes, por exemplo, é complicada porque "muitos deles são cheios de açúcar e com alegações de saúde erradas".


Cabe-nos, assim, a nós pais tentar elucidar os nossos pequeninos sobre o que se deve ou não comer, sobre o que se deve ou não ver na TV.



quinta-feira, 8 de março de 2012

Não resisti...



Tive que cá voltar hoje porque este vídeo é irresistível! Viva a independência feminina!

Feliz Dia a todas as Mulheres

Feliz Dia a todas as Mulheres. Deixo-vos com o texto "Revolução e mulheres", da autoria de Maria Velho da Costa e incluído no livro "Cravo". É um texto tão belo, tão belo que só o consigo parar de ler quando termina!

REVOLUÇÃO E MULHERES

1. RECONSTITUIÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO

Elas são quatro milhões, o dia nasce, elas acendem o lume. Elas cortam o pão e aquecem o café. Elas picam cebolas e descascam batatas. Elas migam sêmeas e restos de comida azeda. Elas chamam ainda escuro os homens e os animais e as crianças. Elas enchem lancheiras e tarros e pastas de escola com latas e buchas e fruta embrulhada num pano limpo. Elas lavam os lençóis e as camisas que hão-de suar-se outra vez. Elas esfregam o chão de joelhos com escova de piaçaba e sabão amarelo e correm com os insectos a que não venham adoecer os seus enquanto dormem. Elas brigam nos mercados e praças por mais barato. Elas contam centavos. Elas costuram e enfiam malhas em agulhas de pau com as lãs que hão-de manter no corpo o calor da comida que elas fazem. Elas vêm com um cântaro de água à cinta e um molho de gravetos na cabeça. Elas limpam as pias e as tinas e as coelheiras e os currais. Elas acendem o lume. Elas migam hortaliça. Elas desencardem o fundo dos tachos. Elas passajam meias e calças e camisas e outra vez meias. Elas areiam o fogão com palha de aço. Elas calcorreiam a cidade a pé e à chuva porque naquele bairro os macacos são caros. Elas correm esbaforidas para não perder o comboio, o barco. Elas pousam o cesto e abrem a porta com a mão vermelha. Elas põem a tranca no palheiro. Elas enterram o dedo mínimo na galinha a ver se tem ovo. Elas acendem o lume. Elas mexem o arroz com um garfo de zinco. Elas lambem a ponta do fio de linha para virar a camisa. Elas enchem os pratos. Elas pousam o alguidar na borda da pia para aguentar. Elas arredam a coberta da cama. Elas abrem-se para um homem cansado. Elas também dormem.

2. REPRODUÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO

Elas vão à parteira que lhes diz que já vai adiantado. Elas alargam o cós das saias. Elas choram a vomitar na pia. Elas limpam a pia. Elas talham cueiros. Elas passam fitilhos de seda no melhor babeiro. Elas andam descalças que os pés já não cabem no calçado. Elas urram. Elas untam o mamilo gretado com um dedal de manteiga. Elas cantam baixinho a meio da noite a niná -lo para que o homem não acorde. Elas raspam as fezes das fraldas com uma colher romba. Elas lavam. Elas carregam ao colo. Elas tiram o peito para fora debaixo de um sobreiro. Elas apuram o ouvido no escuro para ver se a gaiata na cama ao lado com os irmãos não dá por aquilo. Elas assoam. Elas lavam joelhos com água morna. Elas cortam calções e bibes de riscado. Elas mordem os beiços e torcem as mãos, a jorna perdida se o febrão não desce. Elas lavam os lençois com urina. Elas abrem a risca do cabelo, elas entrançam. Elas compram a lousa e o lápis e a pasta de cartão. Elas limpam rabos. Elas guardam uma madeixita entre dois trapos de gaze. Elas talham um vestido de fioco para uma boneca de papelão escondida debaixo da cama. Elas lavam as cuecas borradas do primeiro sémen, do primeiro salário, da recruta. Elas pedem fiado popeline da melhor para a camisa que hão-de levar para a França, para Lisboa. Elas vão à estação chorosas. Elas vêm trazer uin borrego à primeira barraca e ao primeiro neto. Elas poupam no eléctrico para um carrinho de corda.

3. PRODUÇÃO

Elas sobem para cima de um caixote, que ainda são pequenas para chegar à bancada de descarnar o peixe. Elas mondam, os dedos tolhidos de frieira e urtiga. Elas fazem descer a lâmina de cortar o coiro. Elas sopram nos dedos a aquecê-los, esfregam os olhos, voltam a pôr as mãos por detrás da lente a acertar os fios da matriz do transistor. Elas espremem as tetas da vaca para o balde apertado entre as pernas. Elas fecham num dia as pregas de papel de mil pacotes de bolacha. Elas acertam em duzentos casacos a postura da manga onde cravar o botão. Elas limpam o suor da testa com a manga e a foice rebrilha ao sol por cima da cabeça e da seara. Elas ouvem a matraca de dez teares enquanto a peça cresce diante, o fio amandado de braço a braço aberto. Elas cortam os dedos nas primeiras vinte cinco latas até calejar bem. Elas fazem a agulha passar para cá e lá em cruz na tela do tapete. Elas vigiam a última fieira de garrafas, caladas, à espera da sirene. Elas carregam o cesto de azeitona à cabeça já sem cantar, até que o sol se ponha.

4. SERVIÇOS

Elas carregam no botão da caixa e fazem quinhentos trocos miúdos. Elas metem a cavilha, dizem outro número e passam a vigésima chamada. Elas mexem panelões que lhes chegam à cinta. Elas descem doze caixotes de lixo já noite fechada. Elas fazem todas as camas e despejos de uma família alheia. Elas picam bilhetes metidas numa caixa de vidro. Elas batem à máquina palavras que não entendem. Elas arquivam por ordem alfabética duas mil fichas e vinte e cinco ofícios. Elas vão outra vez buscar a gaveta das luvas para o balcão a ver se há aquele verde. Elas aspiram do pó antes das nove doze assoalhadas, e cento e dez degraus de alcatifa. Elas joeentram na praça manhã cedo, já vindas do lota ajoujadas com o peixe para as bancadas. Elas acertam as bainhas de lhos, a boca cheia de alfinetes. Elas põem trinta e duas arrastadeiras e tiram sessenta temperaturas. Elas pintam unhas de homem. Elas guardam sanitas e fazem renda em pequenos cubículos sem janela.


5. TRANSMISSÃO DE IDEOLOGIA

Coisas que elas dizem:

— Se mexes aí, corto-ta.

— Isso não são coisas de menina.

— O meu homem não quer.

— Estuda, que se tiveres um empregozinho sempre é uma ajuda.

— A mulher quer-se é em casa.

— Isto já vai do destino de cada um.

— Deus não quiz.

— Mas o senhor padre disse-me que assim não.

— Dá um beijinho à senhora que é tão boazinha para a gente.

— Você sabe que eu não sou dessas.

— Estás a dar cabo do teu futuro com uns e com outros.

— Deixa-te disso, o que é preciso é sossego e paz de espírito.

— Comprei uns jeans bestiais, pá.

— Sempre dá para uma televisão daquelas novas.

— Cada um no seu lugar.

— Julgas que ele depois casa contigo?

— Sempre há-de haver pobres e ricos.

— Se tu gostasses de mim não andavas com aquela cabra a gastar o nosso. — Põe o comer ao teu irmão que está a fazer os trabalhos.

— Sempre é homem.

6. PRODUÇÃO DE DESEJO

Elas olham para o espelho muito tempo. Elas choram. Elas suspiram por um rapaz aloirado, por duas travessas para o cabelo cravejadas de pedrinhas, um anel com pérola. Elam limpam com algodão húmido as dobras da vagina da menina pensando, coitadinha. Elas escondem os panos sujos de sangue carregadas de uma grande tristeza sem razão. Elas sonham três noites a fio com um homem que só viram de relance à porta do café. Elas trazem no saco das compras uma pequena caixa de plástico que serve para pintar a borda dos olhos de azul. Elas inventam histórias de comadres como quem aventura. Elas compram às escondidas cadernos de romances em fotografias. Elas namoram muito. Elas namoram pouco. Elas não dormem a pensar em pequenas cortinas com folhos. Elas arrancam os primeiros cabelos brancos com uma pinça comprada na drogaria. Elas gritam a despropósito e agarram-se aos filhos acabados de sovar. Elas andam na vida sem a mãe saber, por mais três vestidos e um par de botas. Elas pagam a letra da moto ao que lhes bate. Elas não falam dessas coisas. Elas chamam de noite nomes que não vêm. Elas ficam absortas com a mola da roupa entre os dentes a olhar o gato sentado no telhado entre as sardinheiras. Elas queriam outra coisa.

7. REVOLUÇÃO

Elas fizeram greves de braços caídos. Elas brigaram em casa para ir ao sindicato e à junta. Elas gritaram à vizinha que era fascista. Elas souberam dizer salário igual e creches e cantinas. Elas vieram para a rua de encarnado. Eles foram pedir para ali uma estrada de alcatrão e canos de água. Elas gritaram muito. Elas encheram as ruas de cravos. Elas disseram à mãe e à sogra que isso era dantes. Elas trouxeram alento e sopa aos quartéis e à rua. Elas foram para as portas de armas com os filhos ao colo. Elas ouviram faltar de uma grande mudança que ia entrar pelas casas. Elas choraram no cais agarradas aos filhos que vinham da guerra. Elas choraram de ver o pai a guerrear com o filho. Elas tiveram medo e foram e não foram. Elas aprenderam a mexer nos livros de contas e nas alfaias das herdades abandonadas. Elas dobraram em quatro um papel que levava dentro urna cruzinha laboriosa. Elas sentaram-se a falar à roda de uma mesa a ver como podia ser sem os patrões. Elas levantaram o braço nas grandes assembleias. Elas costuraram bandeiras e bordaram a fio amarelo pequenas foices e martelos. Elas disseram à mãe, segure-me aqui os cachopos, senhora, que a gente vai de camioneta a Lisboa dizer-lhes como é. Elas vieram dos arrebaldes com o fogão à cabeça ocupar uma parte de casa fechada. Elas estenderam roupa a cantar, com as armas que temos na mão. Elas diziam tu às pessoas com estudos e aos outros homens. Elas iam e não sabiam para aonde, mas que iam. Elas acendem o lume. Elas cortam o pão e aquecem o café esfriado. São elas que acordam pela manhã as bestas, os homens e as crianças adormecidas.


Dezembro 1975

Maria Velho da Costa, Cravo, Lisboa, Moraes Editores, 1976.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Nem como piada é aceitável

Até pode ser encarado como uma piada mas só se for para os homens ou mulheres com muito, mesmo muito sentido de humor e pouco sentido de feminismo.

Emma Barnett, editora da secção Online do Daily Telegraph, encontrou uma inscrição, no mínimo, estranha (para não fizer outra coisa) um par de calças do namorado. Além das habituais instruções a que quase ninguém liga, Emma leu incrédula ao seguinte: "ou dá-as à tua mulher; é o trabalho dela".



Indignada, fotografou as calças e colocou a imagem no Twitter, seguindo-se uma cadeia de reações, com os utilizadores a pedirem para "nomear a vergonha", ou seja, a marca das calças. O par de calças compradas numa loja da Madhouse, em Londres, incendiou a Internet.

A Madhouse já prestou declarações sobre o assunto e afirmou que "esta foi a primeira vez que tomou conhecimento da inscrição na etiqueta e que as calças são produzidas por uma empresa subsidiária, não tendo a expressão sido sugerida ou ordenada pela Madhouse". Ainda assim, o caso serviu para comprovar, uma vez mais, que os utilizadores anónimos, manifestando-se com ferramentas online como o Twitter, podem causar danos às empresas.

E serviu para perceber que os homens não "funcionam" com mensagens ligeiras quando pretendemos que façam algo. Emma acrescentou que reparou na etiqueta quando pegou nas calças e as lançou para uma cadeira, sendo que essa é a sua forma semanal de informar o companheiro que ele tem que arrumar as suas roupas. Ou seja, ela não lhe lava as calças mas todas as semanas as apanha do chão e arruma-as numa cadeira, à espera que ele perceba a mensagem. Emma, segue o meu conselho e aproveita a cadeira não só para lá colocares a roupinha da tua cara-metade como para te sentares, que esperar de pé cansa!



terça-feira, 6 de março de 2012

Sou magra. Será apenas genética?

Tanto pensei na resposta a esta pergunta e ela surgiu, por acaso, na revista Activa.
"Cá está!", pensei eu feliz da vida! Não é só genética!!!

Confesso que fiquei bem mais feliz por saber que esta magreza que, modéstia à parte, não custa nada manter mesmo com o passar dos anos, se deve a outros factores que nada têm a ver com genética.
Estar sempre em forma e faminta tem agora as suas explicações devidamente comprovadas.
Por isso, caras amigas e "inimigas" parem de pensar que sou magra apenas porque a minha mãe também o é. Parem de tentar perceber como é que eu consigo! Eu poupo-vos trabalho e dou a resposta.
Vários médicos e especialistas em controlo de peso levaram a cabo alguns estudos e experiências para desvendar os segredos dos magros. As conclusões são várias e passo a enumerar:
- Têm uma óptima relação com a comida;
- Vigiam as porções dos alimentos;
- Têm pais magros;
- Comem como os avós;
- Fazem mais refeições ao longo do dia;
- Tomam bons pequenos-almoços;
- Contam calorias e pesam-se mais;
- Não se refugiam em desculpas;
- Vivem ao pé do mar;
- Não param quietos.

Comecemos por partes. Teresa Branco, investigadora da Faculdade de Motricidade Humana e coordenadora da Clínica Metabólica afirma que as pessoas magras "estão de bem com o peso, com o corpo, não se culpabilizam com a boa comida, sentem verdadeiro prazer com ela, comem por intuição, ou seja, para a fome a que têm, enquanto a maioria das pessoas come acima da fome que tem. Quem tem uma boa relação com a comida não pensa nela como um prémio ou um castigo." Ora, para Teresa Branco, "comer é como dormir: uma necessidade básica e um prazer para muitos".

Quando li isto pensei que Teresa Branco me conhecia! E bem! Nada me dá mais prazer do que comer, a par de dormir. Para mim a comida não é um prémio de consolação nem comer é uma obrigação. Por isso nunca direi à minha filha que se ela se portar mal não pode comer chocolate ou algo de que ela goste. Se todos dissessemos às crianças que se elas se portassem mal não podiam comer bróculos, talvez elas gostassem mais de bróculos.

A relação com a comida é algo que é preciso trabalhar. As horas da refeição devem ser calmas, passadas à mesa em família, saboreando cada alimento e cada momento. Atitudes nervosas da parte dos pais porque os filhos não querem comer só tornam o momento da refeição um castigo para os mais pequenos. Ir para a mesa não deve ser considerado nem visto como um sacrifício. O objectivo de fazer a criança comer não deve ser apenas o único dos pais. Eles devem ter como objectivos essenciais que a criança coma bem e de tudo! Gostar de comer é algo que se constrói com base na confiança, vontade, firmeza, afectuosidade e dedicação dos pais.

Mas voltando a falar de mim e dos estudos feitos sobre os segredos dos magros, passo a explicar o ponto 4 que diz para as pessoas comerem como os avós. Isto significa comer mais sopa, mais peixe, mais legumes e menos carne.

Imagino que agora estejam a pensar que o que vos interessa é a explicação para o penúltimo item: viver ao pé do mar. Então, Teresa Branco está convicta da influência dos ares da praia na imagem das pessoas. Ou seja, para ela "quem vive em zonas do país que facilitem mais a exposição do corpo, preocupa-se mais com controlo do peso". Está, então, explicado porque se preocupam tanto as brasileiras com o corpo. Tanta exposição leva (percebo eu) a uma maior preocupação. Apesar de não existirem estudos que confirmem isto, coincidência ou não, o Algarve é a zona do país com menor incidência de obesidade, segundo dados do Observatório Nacional de Saúde.

Eu sempre disse que quando ganhar o Euromilhões, compro uma moradia no Algarve...

segunda-feira, 5 de março de 2012

"Começando pelo princípio, nem todas as mulheres são boas pessoas. No sentido de serem bonitas, bondosas e verdadeiras. Ao mesmo tempo. E isso faz toda a diferença quando se trata de amar."

Às vezes acontecem coisas destas. Não é raro. Leio um artigo, um texto que gosto tanto, mas tanto que o meu blogue passa a fazer ainda mais sentido pois posso partilhar estes doces momentos.

O título deste post é, para mim, lema. Quando se trata de amar um filho (não amar um homem que isso é bem mais linear), quantas de nós conseguem, ao mesmo tempo, ser belas, bondosas, disponíveis, incansáveis?

Na página online PaiseFilhos.pt, Eduardo Sá costuma brindar-me com artigos assim. Tão sábios quanto belos. Por isso, peço vénia para reproduzir aqui parte do artigo para poderem, tal como eu, contemplar cada palavra, cada expressão:

"E, depois, nem todas as mulheres convivem com alguém que corporize o seu amor. Muitas têm junto de si a pessoa que se aventurou, em primeiro lugar, a pedi-las em namoro. Muitas não se reconhecem nos gestos e na sensibilidade do pai dos seus filhos (e, com condescendência, presumem que ele gostará delas, unicamente, "à sua maneira"). Muitas adormecem os filhos, anos a fio, não tanto para os sossegarem dos maus sonhos mas para se pouparem do pesadelo com quem foram dormindo. Muitas estão longe de ver no pai das crianças alguém que (também ele) seja amável e que seja amante. Em resumo, a maioria das mulheres sente-se mal amada. E, por melhor pessoa que ela seja, mãe mal-amada é pior mãe."

O artigo completo, que tanto prazer dá ler, segue no link abaixo:




quinta-feira, 1 de março de 2012

"É a promessa de vida no teu coração"

Hoje é dia 1 de Março. Março é um óptimo mês. Belo até arrisco-me a dizer. Nasci em Março e é em Março que começa a Primavera, essa estação das flores e dos passarinhos. Também é provável avistar-se o arco-íris porque ainda chove em Março. Mas até a chuva é bela em Março...


Uma definição de Deus...



Ama todos mas uns passam fome e sofrem desde o dia que nascem até ao dia que morrem...

O meu Deus não tem nome nem pertence a uma religião. É um Deus omnipresente sim, mas não tem representantes na Terra. Falo com ele sozinha, sem necessitar de mensageiros. É meu confidente, segura-me nos braços quando o meu mundo estremece e não exige nada em troca. É o meu Deus, que guardo no coração e me faz amar quem me rodeia e ser melhor pessoa a cada dia que passa.