O número de divórcios tem aumentado em Portugal. Na hora de decidir com quem ficam os filhos, os tribunais privilegiam as mães. São estes os sub-títulos da notícia de hoje do JN que tem como título "Pais que recusam ser visitas e lutam pela guarda conjunta".
Quando um pai é transformado em visita, os filhos tendem a olhá-lo, com o passar do tempo, como um intruso na sua vida. E a mãe, que tolera esta injustiça, passa a ser, todos os dias em que o permite, menos mãe.
Neste dia do Pai, tenho pensado no meu. No quanto foi menos presente que a minha Mãe porque trabalhava das 8h às 20h. Mas no quanto o seu trabalho permitiu que a Mãe cuidasse com todo o seu ser de nós, filhos. A minha Mãe cumpriu na perfeição o seu papel e o do meu Pai, não apenas porque tinha tempo e maior disponibilidade mas porque tinha vocação e não nasceu para ser outra coisa que não fosse ser MÃE! Disso tenho eu certeza hoje.
A família de hoje em dia já não é assim. Deus nos livre, aliás, de uma sociedade em que o pai pouco faz nos cuidados diários dos filhos, em que um pai é menos pai porque tem que trabalhar dia e noite. Porque mais pai é, sem dúvida alguma, melhor família!
Numa entrevista que o psicólogo clínico Eduardo Sá deu e eu li, em tempos num jornal gratuito, disse que "a primeira função de um pai é ser mãe". Acrescentou, nessa mesma entrevista, algo que jamais esquecerei: "Um homem que não sabe ser mãe não é um homem: é um medricas. E isso jamais é aquilo que se deve esperar de um pai." Eu, como concordo com o que afirmou, fico a pensar como pode um Estado de Direito não perceber que o direito às visitas representa, por si mesmo, uma limitação por identidade de género.
Em entrevista ao JN, Ricardo Simões, presidente da Associação para Igualdade Parental e Direito da Família, acusa os tribunais de terem tendência a deixar os filhos confiados à mãe e considera que para a maior parte dos juízes, a guarda conjunta com residência alternada não serve o interesse das crianças. Ricardo Simões está com a filha de 15 em 15 dias e dois dias por semana, durante duas horas, tal como ditou o tribunal. Não se dá por vencido e aponta vários estudos que confirmam que a igualdade na presença dos progenitores contribui para o crescimento saudável.
Eu penso o mesmo. O direito dos pais à visita dos filhos não é apenas um direito seu. É um direito da criança. E as crianças merecem mais. Merecem um pai e uma mãe presentes, sem limitação dessas presenças. Os filhos serão mais filhos com melhores pais e os pais só podem ser melhores quando estão porque aprendem a ser melhores com os filhos. E é assim que uma sociedade se torna melhor. Tristes as sociedades em que os pais são visita...Em entrevista ao JN, Ricardo Simões, presidente da Associação para Igualdade Parental e Direito da Família, acusa os tribunais de terem tendência a deixar os filhos confiados à mãe e considera que para a maior parte dos juízes, a guarda conjunta com residência alternada não serve o interesse das crianças. Ricardo Simões está com a filha de 15 em 15 dias e dois dias por semana, durante duas horas, tal como ditou o tribunal. Não se dá por vencido e aponta vários estudos que confirmam que a igualdade na presença dos progenitores contribui para o crescimento saudável.
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